A filosofia
e educação é o campo da filosofia que se ocupa da reflexão sobre
os processos educativos, os sistemas educativos, a sistematização de métodos
didáticos, entre outros temas relacionados com a pedagogia.
O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo
e o funcionamento da sociedade, e vários pensadores que dele se
ocuparam.
Uma das grandes questões da filosofia da educação é a dicotomia
entre a educação como transmissão do conhecimento versus a educação
crítica, como um incentivo à habilidade questionadora por parte do aluno. Como se
conhece e o que significa conhecer também são questões abordadas e
problematizadas pela filosofia da educação.
A pedagogia também se acha intimamente
ligada à filosofia. Os filósofos sempre tiveram a educação como lastro mais
importante na construção de evolução de meios, métodos e hábitos da sociedade,
familiar, comunitária e política.
Embora a pedagogia tenha organizado o
seu próprio campo de pesquisa e atue de maneira decisiva na construção de um conjunto de
técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do ensino,
relacionados à administração de escolas e à condução dos assuntos educacionais
em um determinado contexto, a filosofia se insere na reflexão e aprofundamento da
solução de questões em busca de respostas que de outra forma seus resultados
não teriam o mesmo grau de clareza no estabelecimento de novos caminhos para o seu
fazer.
A Pedagogia estuda os ideais de
educação, segundo uma determinada concepção de vida, e dos processos e técnicas
mais eficientes para realizá-los, visando aperfeiçoar e estimular a capacidade
das pessoas, seguindo objetivos definidos, e nisso vemos o quanto a filosofia
nela se faz presente.
Assim cabe ao filósofo acompanhar
reflexiva e criticamente a ação pedagógica, de modo que promova a passagem de
uma educação não sistematizada ou seja puramente senso comum para uma educação
que parte de princípios norteadores emanados da consciência filosófica já
estabelecida pelas reflexões de um conjunto de filósofos ao longo dos séculos.
O filósofo indaga o ser humano que
quer formar, sobre os valores emergentes que se contrapõe a outros, já
decadentes, e sobre os pressupostos dos conhecimentos subjacentes aos métodos e
procedimentos utilizados. Tocamos pontos que se supervalorizam nesse estudo da
filosofia da educação como sejam:
Antropologia filosófica (o que é o ser
humano)
A epistemologia ou teoria do conhecimento e a
Axiologia que diz respeito a uma
reflexão sobre os valores.
É importante salientar que questões e
respostas sobre temas base no fazer educacional variam conforme a época e com
elas as concepções que se tem de como educar e para que educar.
A filosofia parte de concepções de
humanidade na sua maior amplitude para que não se fique preso ao conceito menor
do que seja a criança. Enfim como conduzir de dentro para um mundo cheio de armadilhas
essencialistas, mas não essencialista que precisa de valores declarados com referenciais
norteadores dos diferentes caminhos a seguir. O filósofo deve avaliar os
currículos, as técnicas e os métodos para julgar se são adequados ou não aos
fins propostos sem cair no tecnicismo, risco inevitável sempre que os meios são
supervalorizados e se desconhecem as bases teóricas do agir. Entendemos que os
avanços das ciências humanas são excepcionalmente valiosos e concomitantes a
aplicação da filosofia na construção de seus fundamentos teóricos e práticos.
Finalmente, o mundo é de coisas
práticas para a conquista de soluções imediatas daí a simplificação do método
filosófico enseje questões reflexivas pontuais de cada momento com atenção no
que já foi dito para definir o que se quer dizer no amanhã.
Ref.:
Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação - 3ª
ed. rev. e ampl.- São Paulo: Moderna 2006.
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